Tela do computador com o PDTI

Dicas para um PDTI eficaz: do diagnóstico ao acompanhamento

A sigla PDTI diz respeito ao Plano Diretor de Tecnologia da Informação e é uma ferramenta estratégica essencial para alinhar as ações de TI aos objetivos da organização. 

Isso porque esse documento orienta o uso eficiente de recursos tecnológicos, o que garante que a infraestrutura de TI esteja preparada para atender às demandas atuais e futuras. 

Mas criar um Plano Diretor de Tecnologia da Informação eficaz envolve uma série de etapas bem definidas que ajudam a identificar necessidades, traçar metas e acompanhar o progresso. 

E para ajudar você neste processo de criação e em suas etapas, aqui exploraremos as principais fases de desenvolvimento de um Plano Diretor de Tecnologia da Informação e os erros comuns a serem evitados.

O que é PDTI?

O Plano Diretor de TI (PDTI) é um documento estratégico que orienta a gestão da tecnologia da informação em uma organização.

Na prática, ele alinha os recursos e projetos de TI com os objetivos de negócio para definir metas, prioridades, investimentos e prazos. 

Ou seja, o PDTI visa otimizar processos, garantir eficiência e promover inovações tecnológicas sustentáveis.

Por que o PDTI é essencial para organizações?

O PDTI é essencial para as organizações porque atua como um guia estratégico que alinha a tecnologia da informação com os objetivos corporativos. 

Afinal, ele permite otimizar recursos, identificar necessidades de inovação e planejar investimentos em TI de forma eficiente. 

Assim, com o Plano Diretor de Tecnologia da Informação, as empresas podem melhorar a tomada de decisões, garantir que suas operações tecnológicas estejam sempre atualizadas e evitar desperdícios de recursos. 

O que compõe a estrutura do PDTI?

Profissional elaborando o PDTI

A estrutura de um Plano Diretor de Tecnologia da Informação é flexível, mas uma abordagem recomendada segue as diretrizes da norma ISO 20.000, que oferece boas práticas para a gestão de serviços de TI. 

Essa norma inclui quatro componentes principais. Veja abaixo quais são.

  • Pessoas: responsáveis pela definição de estratégias e pela execução das atividades de TI.
  • Processos: garantem a eficiência e continuidade dos serviços de TI e vão desde a gestão de incidentes até a liberação de mudanças e controle de disponibilidade.
  • Sistemas: refere-se às tecnologias utilizadas, como servidores, armazenamento de arquivos e softwares de segurança. 
  • Infraestrutura de TI: inclui a gestão física de data centers, backup, telefonia VoIP, redes Wi-Fi e a opção entre serviços locais ou em nuvem. A infraestrutura de TI deve ser robusta para garantir resiliência e continuidade operacional em situações adversas.

7 etapas para criar um PDTI eficaz

Na sequência, apresentamos todas as etapas para construção de um Plano Diretor de Tecnologia da Informação eficaz, com exemplos práticos. Confira!

1. Realize um diagnóstico do grau de maturidade da TI

O primeiro passo para criar um Plano Diretor de Tecnologia da Informação eficaz é entender o estado atual da infraestrutura de TI da organização. 

Para isso, é preciso realizar um diagnóstico do grau de maturidade da TI que envolve avaliar a eficiência dos sistemas, a capacidade dos processos, a qualificação das equipes e as tecnologias disponíveis. 

Esse levantamento permite identificar gargalos e oportunidades de melhoria, pois ajuda a definir prioridades para o plano. 

Aqui, utilizar ferramentas como o COBIT ou frameworks de ITIL pode facilitar a avaliação e dar uma visão clara de onde a TI se encontra e onde deve chegar.

Por exemplo, uma empresa de médio porte que percebe alta frequência de falhas nos sistemas de atendimento ao cliente pode, após o diagnóstico, constatar que a ausência de um sistema de monitoramento de incidentes prejudica a resposta a problemas técnicos. 

Com base nisso, a organização pode priorizar a implementação de um sistema de gestão de incidentes no Plano Diretor de Tecnologia da Informação.

2. Estabeleça o comitê responsável

Com o diagnóstico em mãos, é crucial formar um comitê multidisciplinar responsável pela elaboração e execução do Plano Diretor de Tecnologia da Informação.

Esse comitê deve incluir membros das principais áreas da empresa, como TI, finanças e operações, além de contar com a participação da alta gestão. 

Isso porque a diversidade de perspectivas no comitê ajuda a garantir que o plano atenda às necessidades de toda a organização e não seja focado apenas em aspectos técnicos da TI. 

3. Determine a metodologia a ser utilizada

Uma vez estabelecido o comitê, é importante definir a metodologia que será utilizada para a criação e gestão do PDTI. 

Algumas das metodologias mais comuns incluem o uso de frameworks como ITIL, COBIT ou a ISO 20.000, que oferecem diretrizes para a gestão de serviços de TI. 

Nesta etapa, a escolha da metodologia deve estar alinhada ao nível de maturidade da empresa e às suas necessidades específicas. 

4. Defina os objetivos do PDTI

Empreendedor fazendo o PDTI

A definição dos objetivos é uma etapa crucial para garantir que o Plano Diretor de Tecnologia da Informação esteja direcionado para atender às expectativas da empresa. 

Esses objetivos devem estar alinhados com a estratégia organizacional, com foco em melhorar a eficiência, reduzir custos ou otimizar a segurança da informação. 

Aqui, cada objetivo deve ser claro, mensurável e realista, fatores que permitem o acompanhamento do progresso. 

No mais, é fundamental garantir que todos os envolvidos no comitê e nas áreas impactadas pela TI estejam de acordo com as metas estabelecidas.

5. Redija o documento

Com os objetivos definidos, o próximo passo é a redação do Plano Diretor de Tecnologia da Informação. 

Este documento deve ser claro e detalhado, com uma descrição dos projetos, prazos, responsáveis e as métricas de sucesso. 

Além disso, ele precisa contemplar as áreas de tecnologia, processos, pessoas e infraestrutura, para garantir uma visão holística da TI. 

Reforçamos que o Plano Diretor de Tecnologia da Informação deve ser revisado periodicamente para se manter atualizado com as necessidades da empresa e com a evolução das tecnologias. 

Aqui, um exemplo é uma grande organização elaborar um PDTI que inclui a implementação de um sistema ERP, com prazos e responsáveis claramente definidos, e métricas como a redução de 20% no tempo de processamento de pedidos, como um dos objetivos.

6. Acompanhe o progresso

Após a implementação do Plano Diretor de Tecnologia da Informação, o acompanhamento contínuo é fundamental. 

Afinal, o progresso das iniciativas deve ser monitorado regularmente para garantir que os prazos sejam cumpridos e que os objetivos estejam sendo alcançados. 

Nesta etapa, ferramentas de gestão de projetos, como dashboards ou relatórios periódicos, podem ajudar na visualização do progresso e na identificação de obstáculos. 

Lembre-se que qualquer desvio em relação ao planejado deve ser rapidamente ajustado, para garantir a execução eficiente do plano.

7. Apresente os resultados

Finalmente, é essencial comunicar os resultados do Plano Diretor de Tecnologia da Informação às partes interessadas. 

Essa fase final garante a transparência e ajuda a demonstrar o valor agregado pelas iniciativas de TI à organização. 

A apresentação deve incluir tanto os resultados positivos quanto os desafios encontrados e as soluções aplicadas. 

Assim, ao mostrar resultados concretos, como a melhoria na produtividade ou redução de custos, você reforça a importância do PDTI e garante o apoio contínuo das lideranças para futuros projetos da área de tecnologia.

Erros comuns a serem evitados ao criar um PDTI

Profissional analisando o PDTI

Existem alguns erros comuns ao elaborar um Plano Diretor de Tecnologia da Informação. 

Abaixo, listamos quais são eles, para você evitá-los.

  • Falta de diagnóstico adequado da infraestrutura de TI: pular a fase de avaliação pode levar a decisões mal informadas, o que resulta em um plano desconectado da realidade.
  • Ausência de um comitê multidisciplinar: deixar de incluir representantes de áreas estratégicas pode gerar um PDTI que não atenda às necessidades gerais da empresa.
  • Definição vaga de objetivos: objetivos pouco claros ou não mensuráveis dificultam o acompanhamento e a avaliação do sucesso do plano.
  • Ignorar a metodologia: não utilizar uma metodologia reconhecida pode resultar em um planejamento desorganizado e sem estrutura.
  • Falta de acompanhamento contínuo: não monitorar o progresso regularmente pode fazer com que o plano perca relevância ao longo do tempo.
  • Comunicação insuficiente dos resultados: deixar de comunicar os resultados obtidos pode comprometer o apoio futuro às iniciativas de TI.
  • Foco excessivo em tecnologias: concentração exclusiva em tecnologias, sem considerar processos e pessoas, pode limitar o impacto do Plano Diretor de Tecnologia da Informação.

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Conclusão

A criação de um Plano Diretor de Tecnologia da Informação eficaz envolve planejamento cuidadoso, alinhamento estratégico e acompanhamento constante. 

Seguir as etapas descritas neste artigo, como realizar diagnósticos, estabelecer comitês e definir objetivos claros, garante que o plano atenda às necessidades da organização e auxilie na tomada de decisões tecnológicas. 

Além disso, evitar erros comuns, como a falta de diagnóstico ou de acompanhamento, é essencial para o sucesso. 

Lembre-se que um PDTI bem implementado proporciona mais eficiência, inovação e resiliência às empresas, preparando-as para desafios futuros e oportunidades tecnológicas.