No cenário atual, em que a tecnologia da informação é vital para a operação de qualquer empresa, a recuperação de desastres e a continuidade dos negócios são temas de extrema relevância.
Isso porque, a capacidade de uma organização de responder a falhas de sistemas e a perda de dados pode ser a diferença entre a sobrevivência e o fracasso.
É nesse contexto que entram em cena os conceitos de RTO e RPO (Recovery Time Objective e Recovery Point Objective, respectivamente) para a elaboração de um plano de recuperação.
O RTO e o RPO são métricas essenciais para determinar tanto o tempo máximo que um sistema pode ficar inativo quanto a quantidade máxima de dados que pode ser perdida em caso de uma interrupção.
Juntas, essas métricas ajudam as empresas a definir suas estratégias de recuperação e a garantir a continuidade dos negócios, minimizando impactos negativos. Confira, a seguir, mais a respeito de ambas!
O que é RTO (Recovery Time Objective)?
O RTO (Recovery Time Objective) é uma métrica que determina o tempo máximo aceitável para restaurar um sistema após uma falha ou interrupção.
Em outras palavras, é o período de tempo que uma empresa pode tolerar a inatividade de um sistema sem sofrer danos irreparáveis.
O RTO é essencial para planejar e executar ações que garantam a recuperação rápida e eficiente dos serviços e sua importância reside na capacidade de garantir que os serviços críticos sejam restaurados dentro de um período de tempo aceitável, evitando perdas.
Além disso, um RTO bem definido permite que a organização tome decisões rápidas e informadas durante uma crise, minimizando o tempo de inatividade e os impactos financeiros e operacionais. Confira exemplos de aplicação do RTO:
- Para instituições financeiras, a inatividade de sistemas pode resultar em enormes prejuízos financeiros e perda de confiança dos clientes. Por isso, o RTO para sistemas bancários é geralmente muito baixo, exigindo recuperação quase imediata;
- Plataformas de comércio eletrônico dependem de sistemas sempre disponíveis para realizar transações. Qualquer tempo de inatividade pode resultar em perda de vendas e clientes. Portanto, um RTO curto é essencial para garantir a continuidade das operações.
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O que é RPO (Recovery Point Objective)?
Já o RPO (Recovery Point Objective), é uma métrica que determina a quantidade máxima de dados que pode ser perdida em caso de uma interrupção.
Ele, portanto, define o ponto no tempo até o qual os dados devem ser recuperados, garantindo que a perda de informações seja minimizada, sendo crucial para estabelecer a frequência dos backups e a estratégia de proteção de dados.
Com isso, o RPO tem tudo a ver com a proteção dos dados e à capacidade de uma empresa de retomar suas operações com o mínimo de perda de informações.
Não à toa, um RPO bem definido assegura que os dados críticos sejam protegidos e que a recuperação seja feita com o menor impacto possível na continuidade dos negócios.
A métrica, inclusive, pode ser determinante em momentos específicos, como:
- Empresas que dependem de dados de clientes para suas operações, como CRM (Customer Relationship Management), precisam de um RPO muito baixo para garantir que as informações sejam sempre precisas e atualizadas;
- Proteção de dados financeiros, pois a perda dessas informações digitais pode ter consequências severas para uma empresa, incluindo problemas de conformidade e impactos fiscais. Portanto, o RPO para dados financeiros deve ser próximo de zero, garantindo a recuperação completa das informações.
Diferenças entre RTO e RPO
Embora RTO e RPO sejam métricas relacionadas à recuperação de desastres e continuidade dos negócios, elas têm focos diferentes.
O RTO, por exemplo, foca no tempo máximo aceitável para a restauração de serviços e sistemas. Enquanto isso, o RPO foca na quantidade máxima de dados que pode ser perdida em caso de uma interrupção.
Contudo, RTO e RPO se complementam ao fornecer uma visão abrangente das necessidades de recuperação de uma organização.
Enquanto o RTO ajuda a determinar quanto tempo um sistema pode ficar inativo, o RPO ajuda a definir quanto tempo pode passar entre backups para minimizar a perda de dados.
Juntas, essas métricas permitem que uma empresa desenvolva um plano de recuperação robusto e eficaz. O que também permite às empresas:
- Assegurar que os recursos necessários estejam disponíveis para atingir os objetivos estabelecidos;
- Determinar quais sistemas e dados são mais críticos e devem ser recuperados primeiro;
- Criar procedimentos de recuperação que atendam aos objetivos de tempo e ponto de recuperação estabelecidos.
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A importância de RTO e RPO na gestão de TI
A definição de RTO e RPO influencia diretamente a tomada de decisão e a estratégia de TI. Com essas métricas claramente estabelecidas, as empresas podem planejar e implementar soluções de backup e recuperação que atendam aos seus requisitos específicos.
Isso inclui a alocação de recursos para tecnologias de armazenamento, a configuração de sistemas de backup automatizados e a definição de procedimentos de recuperação de desastres.
Além disso, RTO e RPO ajudam a priorizar investimentos em infraestrutura e serviços de TI, garantindo que os recursos sejam direcionados para áreas críticas.
Consequências de não considerar RTO e RPO adequadamente
Ignorar ou subestimar a importância de RTO e RPO pode ter consequências severas para uma organização.
Sem uma definição clara dessas métricas, as empresas correm o risco de enfrentar tempos de inatividade prolongados e perdas significativas de dados em caso de falhas ou desastres.
Isso pode resultar em:
- Perda de receita, pois a inatividade de sistemas pode levar à interrupção das operações comerciais, resultando em perda direta de vendas e receita;
- Danos à reputação, uma vez que a incapacidade de recuperar dados críticos ou restaurar serviços rapidamente pode prejudicar a confiança dos clientes e a reputação da marca;
- Problemas de conformidade, já que muitas indústrias têm regulamentações rigorosas sobre a proteção de dados e a recuperação de desastres. Não atender aos requisitos de RTO e RPO pode resultar em penalidades legais e financeiras.
Como calcular RTO e RPO
Para o cálculo de RTO, comece listando todos os sistemas e serviços essenciais para a operação da empresa e, sem seguida, avalie os impactos financeiros, operacionais e reputacionais de cada sistema que está inativo.
Após isso, estabeleça o tempo máximo aceitável que cada sistema pode ficar inativo sem causar danos irreparáveis e classifique os sistemas com base na criticidade e defina um RTO para cada um.
Por exemplo: uma empresa de e-commerce pode determinar que seu site de vendas é um sistema crítico. Com base na análise, a empresa decide que o tempo máximo aceitável de inatividade para o site é de 2 horas. Portanto, o RTO para o site de vendas é de 2 horas.
No caso do RPO, liste todos os tipos de dados essenciais para a operação da empresa, determine com que frequência os dados críticos são atualizados ou alterados e estabeleça a quantidade máxima de dados que pode ser perdida sem causar danos significativos.
Para o exemplo prático de cálculo do RPO, vamos imaginar uma empresa financeira que pode determinar que os dados de transações são críticos e atualizados a cada 5 minutos.
Essa organização decide, então, que a perda máxima aceitável de dados é de 10 minutos de transações. Portanto, o RPO para os dados de transações é de 10 minutos.
Mas lembre-se de que cada empresa tem necessidades únicas, e os cálculos de RTO e RPO devem ser personalizados para refletir essas especificidades.
Melhores práticas para utilizar ambas as métricas em sua rotina
Para definir o RTO e RPO adequados para diferentes tipos de negócios, entenda o contexto da sua empresa e avalie a criticidade dos sistemas e dados no contexto específico da indústria, bem como do seu modelo de negócios.
Em seguida, conduza análises detalhadas para entender os impactos potenciais de inatividade e perda de dados e envolva as principais partes interessadas, incluindo executivos, gerentes de TI e funcionários operacionais, no processo de definição das métricas.
Para isso, você pode usar ferramentas de backup automatizadas, sistemas de monitoramento que alertem sobre falhas e interrupções, permitindo respostas rápidas, e implementar testes de recuperação de desastres periodicamente para garantir que os procedimentos de recuperação atendam aos RTOs e RPOs definidos.
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Conclusão
RTO e RPO são métricas fundamentais para a continuidade dos negócios, especialmente em um ambiente de TI cada vez mais complexo e dependente de dados.
Quando bem realizada, a estratégia minimiza o tempo de inatividade e a perda de dados, garantindo que sua empresa possa se recuperar rapidamente de qualquer interrupção.
Para garantir a resiliência e a continuidade das suas operações, é essencial contar com uma gestão eficiente de TI.
Isso inclui não apenas a definição clara de RTO e RPO, mas a implementação de estratégias robustas de recuperação de desastres e a utilização de tecnologias avançadas para monitorar e alcançar esses objetivos.
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